Questão de momento

Dúvidas, devaneios, pensamentos... tudo que passa pela minha mente e até este momento era guardado só para mim. Agora a questão é pública. Se você é meu amigo, qualquer semelhança com algo que já tenhamos conversado não é mera coincidência.

20.9.06

Ainda tem solução!

Como dois dias podem influenciar tanto a vida de alguém? No último fim de semana participei do barcamp, uma espécie de encontro entre pessoas de diversas áreas, mas ligadas por interesses comuns como internet, comunicação colaborativa, novas ferramentas em web... A proposta desde o início foi de que todos participassem dando a sua contribuição/sugestão.

A princípio a grande maioria dos participantes (cerca de 80, que vieram de diversos locais do país) não acreditou muito no sucesso desse modelo de "desconferência", mas a surpresa foi imensa. Desde de a noite de sexta-feira até o começo da madrugada de segunda-feira, foram muitas as mudanças na vida de cada um dos que fizeram parte desse encontro.

Pessoas dos mais diferentes tipos, desde os mais técnicos, até os mais sociais. Mas todos abertos a ouvir, trocar experiências, aprender e, principalmente, fazer a diferença. Nesse fim de semana estiveram reunidos, com certeza, algumas das mentes mais promissoras do nosso país, futuros empreendedores de sucesso. Reunidos com interesses individuais sim, mas também pensando no que pode ser feito pelo coletivo, em que podemos ajudar para que a comunicação e a internet cheguem à todos e não sejam subutilizadas.

Eu, que andava meio desistimulada com o mundo, enxerguei uma nova oportunidade e uma chance de mudança. Ver tanta gente competente e interessante reunida me deu um ânimo novo, mais confiança e esperança, além, é claro, de novos amigos...

14.9.06

A rebeldia perdida...

Volto mais uma vez ao tema: a eterna insatisfação do ser humano.

Todos, mas especialmente os jovens, pregam a liberdade, querem tomar as suas próprias decisões, sem pressão, sem cobranças. Um dos exemplos é quando desejamos acordar no dia seguinte sem ter nada programado, fazer o próprio roteiro, ter nossas escolhas, mudar de caminho a qualquer hora...

Mas quando realmente temos a possibilidade de começar algo novo, arriscar, nos sentimos perdidos. Se não, qual seria a razão para a crise que a maioria dos jovens tem depois da formatura? Ou ainda quando somos demitidos de um emprego que não gostávamos e nem pagava tão bem assim?

Começar algo novo, arriscar, nem sempre é fácil. A vida toda temos alguém/algo que nos guia. Primeiro a mamãe que nos manda comer, tomar banho, escovar o dente, dormir... Não dá pra esquecer também dos professores que nos pedem para ficarmos quietos, estudar, fazer um determinado trabalho. Na vida profissional temos também que cumprir determinadas tarefas, sejam delegadas por nossos superiores ou inerentes à nossa função. Podemos também ser guiados por um objetivo, como terminar a universidade, fazer um determinado curso, viajar... Mas e depois?

Nem sempre é fácil, mas as vezes é preciso pensar menos e viver mais. Não devemos deixar de realizar e fazer novos planos, mas também é preciso deixar a vida seguir um pouco por si só. Não saber o que fazer amanhã pode trazer surpresas fantásticas. Acho que está na hora de cada um de nós fazer uso da tal liberdade e imprevisibilidade que nosso instinto mais rebelde sempre buscou...

8.9.06

É ela

tudo dói
quero levantar, mas não me movo
preciso falar, mas não consigo
tento comer, mas é impossível

maldita gripe!

5.9.06

Assim fica fácil

Após um rápido bate-papo essa semana sobre socialismo x capitalismo, passei muito tempo pensando no assunto. Eu sou do tipo intermediária, acredito em muitos príncipios capitalistas, acho que nossa sociedade é mesmo movida pelo dinheiro e que cada um deve ter o direito de trabalhar e enriquecer por merecimento. É claro que nem tudo é justo, que tem muita gente sem direito à educação, passando fome, sem moradia... Mas também não acredito que uma sociedade onde tudo fosse dividido por todos daria certo (em um mundo ideal sim, mas na vida real?). O trabalho, com certeza, ficaria concentrado em poucos e não ia demorar muito para começarem os conflitos.

É muito fácil pregar o socialismo quando se tem o carro do ano e se é mantido pelo dinheiro do papai. É muito fácil se passar por falso maltrapilho e dizer que todos deveriam ter os mesmos direitos, quando não se têm a necessidade de trabalhar e não falta comida na mesa. Por outro lado, é mais fácil ainda, quando se estudou nas melhores escolas e se tem um bom emprego, dizer que quem passa fome é vagabundo ou que as pessoas não estudam porque não querem... No fundo continuo perdida, mas de duas coisas tenho certeza: sou totalmente contra os falso-socialistas e os capitalistas-cegos! Assim fica fácil...